terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Vida

Tem dias que a gente acorda, toma café, sai pra trabalhar e acha que vai ser tudo do mesmo jeito e de repente.. chega um SMS dos mais inesperados: "Flower, vc se importa se eu me casar em uma sexta-feira"?! o primeio sorriso do dia aparece junto com uma pontinha doída de saudade e certeza de que a sua melhor amiga ainda te considera a melhor amiga mesmo tão longe..
Bom, hora do almoço, volta ao trabalho, problemas do cotidiano, estress do dia-a-dia, preguiça, cansaço e quanto tudo parece cinza, sobe uma janelinha no msn: "Oi! tá melhorzinha?!" É ela, com toda paciência do mundo, apesar do sono, pronta pra me ouvir horas e horas.. entre o papo outras conversinhas no msn: "Fui no Japonês"; "Como está o trabalho na TV?", e-mails, sms de "Boa Noite" e recuerdos de pessoas especiais e já quase caindo de sono, um pedido de ajuda: "Não posso trocar de carro sem sua benção, foi vc que escolheu o anterior"...
É e o dia parecia normal.. bem normal.. a graça deste e de todos os outros são as surpresas e os pequenos instantes que às vezes mudam uma vida pra sempre. Assim é  participação dos meus amigos (os de perto, os de longe, os de ontem, os de hoje e os de sempre)


Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.

A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências ...

A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles.

Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.

Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.

E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.

Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.

Se todos eles morrerem, eu desabo!

Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.

E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!

A gente não faz amigos, reconhece-os.  (Vinicius de Moraes)

Um comentário:

debora sentimentos imaginarios disse...

Lindo amiga!! Amei!!
Me sinto mega power em sua companhia... ainda que um tanto longo. Beijos gigantes, bom domingo!